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Jornalismo

Sindicato dos Jornalistas do AM acompanha eleições e defende categoria

A equipe visitou redações jornalísticas e zonas eleitorais da cidade de Manaus

Os presidente e vice-presidente do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Amazonas, Wilson Reis e Ed Blair. /Foto: Lucas Henrique

Manaus (AM) – Preocupado com o livre exercício da profissão dos jornalistas neste pleito eleitoral e atuando como um dos fiscalizadores do Comitê de Combate a Corrupção Eleitoral no Amazonas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado compareceu a diversas redações de veículos de comunicação da capital amazonense, neste domingo (2).

O Sindicato também visitou diversas zonas eleitorais com objetivo de contribuir para uma eleição limpa e transparente. O presidente do sindicato, Wilson Reis destacou o apoio da entidade na defesa dos profissionais e denúncias em torno de casos de ataques a jornalistas no Amazonas.

“Nos reunimos a partir do momento que existe uma necessidade especifica e, em função do período eleitoral. Essas questões cresceram por denúncias que recebemos e precisamos de uma resposta constante. Temos um grupo de advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que constata ou não a denúncia e encaminha ao Ministério Público (MP), que as acolhe. Nesse pleito, especificamente em Manaus, houve indícios, mas não recebemos denúncia formal”, explicou.

Acolhimento

Aos jornalistas de todo o Brasil, o presidente do sindicato defendeu, mais uma vez, que nada pode impedir que estes profissionais façam seu trabalho considerado como uma função pública essencial.

“Estamos até o final do processo eleitoral acompanhando os problemas que possam surgir ao exercício profissional. Nada pode impedir ou criar obstáculo para que a imprensa faça seu trabalho com as garantias que a legislação tem”, disse.

Ataques

Sobre o fato do diploma profissional não ser mais exigido para exercício da profissão desde a decisão do SupremoTribunal Federal (STF) e os diversos casos envolvendo polêmicas entre o chefe do executivo federal, a jornalista e vice-presidente do sindicato no Estado, Ed Blair, lamentou o tratamento dado aos profissionais.  

“Muitas das posições do presidente [Jair Bolsonaro] foram nesse sentido de não respeitar [jornalistas]. É lógico que não vamos passar pano na cabeça de quem está no jornalismo e não tem conhecimento do que é nossa função mesmo. Tem muita gente aventurando e que acaba provocando esse tipo de situação quando não faz o trabalho correto. Uma notícia tem, pelo menos, dois lados. Muitas vezes, algumas coisas que ele falou, se queixava de a matéria ser unilateral. E, do lado dele, também, muitas vezes não houve respeito com nossa categoria, nosso trabalho e isso influenciou muito a sociedade. Tudo passou a ser culpa da imprensa e ficamos acuados e isso nos fere”, disse.

Ed Blair aponta que está otimista frente os novos resultados do pleito eleitoral. “Esperamos que, até o final do pleito. Que essas coisas sejam amenizadas e tenhamos de volta o respeito que nossa categoria merece”, disse.

Ela também foi complementada por Wilson Reis, que concordou com a colega, frente os ataques sofridos pelos profissionais.

“É a questão do relacionamento com a imprensa. Ele taxou a imprensa como esquerdista, comunista.  Na hora que ia se relacionar, com exceção de alguns assessores que ele já conhecia, sempre tratou mal. Fez isso com os grandes veículos, os médios e os pequenos. Cometeu um erro enorme, porque não é postura de um presidente e de nenhuma figura pública, seja secretário ou assessor tratar mal a imprensa, que está para fazer um trabalho que tem relevância pública e comprometimento com a verdade para levar o melhor a população. Ele como servidor público, independente de ocupar o maior cargo da República Federativa do Brasil, tem o dever de tratar bem toda a imprensa. Seja a aquela que ele gosta ou não”, finalizou.

Segundo informações da diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, todas as denúncias registradas por sindicados e contabilizadas no relatório de violência contra jornalistas da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), lançado em janeiro deste ano, fazendo menção a todo período de 2021, dão conta de 400 denúncias.

Destas, 150 são contra os ‘ataques’ do presidente Jair Bolsonaro contra os profissionais.  

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