Processo Plano de saúde é condenado a indenizar mulher que fez seis anos de quimioterapia sem ter câncer Mulher foi submetida a 6 anos de quimioterapia para tratar câncer nos ossos, mas diagnóstico estava errado e plano de saúde foi condenado Em Tempo* - 11/01/2024 às 14:5411/01/2024 às 14:54 Foto: Reprodução O convênio Amico Saúde foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 200 mil de indenização a uma mulher de 67 anos que tratou um câncer inexistente por seis anos com quimioterapia, por erro de diagnóstico. O caso aconteceu em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Segundo o processo, a paciente foi diagnosticada com neoplasia maligna (câncer) na mama direita e submetida a uma mastectomia (retirada da mama), em outubro de 2010, quando ela tinha 54 anos. No ano seguinte, ela foi informada que estava com metástase óssea (tumor nos ossos) e começou o tratamento de quimioterapia. O diagnóstico foi feito quando ela tinha o plano Amico Saúde, que foi condenado a indenizá-la agora pela 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), confirmando decisão da juíza da primeira instância. O erro só foi descoberto seis anos depois, quando a paciente já havia trocado de plano e o médico credenciado à nova operadora de saúde suspeitou do diagnóstico. Em 2017, novos exames constataram que ela nunca teve tumor nos ossos. No processo movido contra o plano, a defesa da paciente disse que ela foi submetida a “pesado e doloroso” tratamento quimioterápico, com uso de medicamento que “trouxe inúmeras consequências negativas” para a vida dela, “tanto no aspecto psicológico, quanto no aspecto físico”. Entre os efeitos colaterais dos medicamentos estão perda de cabelo, de dentição, dores, enjoos e fadiga. “Cada sessão de quimioterapia se tornava um verdadeiro tormento à autora porque a medicação é muito forte e possui inúmeros efeitos colaterais, tais como desgaste ósseo e cansaço intenso”, disse a defesa. Na decisão que condenou a Amico Saúde, o desembargador Edson Luiz de Queiroz destacou que “a paciente foi levada a sofrimento que poderia ter sido evitado ou minorado, impondo-se o dever de reparação por danos morais e materiais, destacando que foi comprovada a perda de massa óssea, de mobilidade e de dentição pela paciente”. Em dezembro de 2023, a Amico Saúde fez um acordo com a paciente e pagou o valor da indenização. *Com informações do Metrópoles Leia mais Influenciadora é condenada a 30 anos de prisão por ‘dar susto’ em ex-namorado Vencedor do Nobel da Paz é condenado à prisão em caso de lei trabalhista Booking é condenada na Justiça após cancelar hospedagem de clientes neste fim de ano Entre na nossa comunidade no Whatsapp!