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Investimentos

Instituições financeiras destacam crédito para mulheres em reunião com a ONU

63% das 34 instituições financeiras do SNF tem linhas de crédito e produtos financeiros voltados para a equidade de gênero

Presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento destacou ações em agenda com vice-secretária-geral da Organização das Nações Unidas Foto: Divulgação

Em reunião com a vice-secretária-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina J. Mohammed, o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Celso Pansera, destacou que o governo Lula retoma “com força total” a agenda multilateral focada na sustentabilidade. Segundo ele, 63% das 34 instituições financeiras do Sistema Nacional de Fomento (SNF), que reúne R$ 5,1 trilhões em ativos, tem linhas de crédito e produtos financeiros voltados para a equidade de gênero.

A comitiva da ONU se reuniu com a diretoria e associadas da ABDE na noite de terça-feira (1º), na sede da entidade, em Brasília.

“Procuramos chegar aos lugares mais distantes para levar crédito a pequenas empresas, além de estimular a inovação”,

disse Pansera.

Segundo ele, as relações multilaterais estabelecidas pela ABDE com a ONU ajudam a ampliar a atuação e fazer o Brasil “ser menos desigual e mais sustentável do ponto de vista ambiental.”

Amina ressaltou a importância do Sistema Nacional de Fomento para o desenvolvimento do país. “São muito interessantes os tipos de financiamento que vocês estão realizando, em particular buscando não deixar ninguém para trás e ir até aqueles que, de alguma forma, são excluídos”, destacou.

Vice-presidente da ABDE e diretor de Desenvolvimento Produtivo, Comércio Exterior e Inovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), José Luis Gordon destacou que as instituições do SNF têm buscado cada vez mais acompanhar as demandas da sociedade para superar barreiras, com foco na inovação. “Temos desafios de equidade de gênero, raça e questões regionais”, afirmou. “Há uma convergência de interesses para tornar a sociedade pouco menos injusta”, acrescentou.

O vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, frisou que o Brasil tem muitas famílias comandadas por mulheres.

“No banco, temos linhas de crédito específicas para mulheres. Há um número muito grande de mulheres empreendedoras no país, tanto na zona urbana quanto na zona rural. Precisamos ter esse olhar para gerar transformações sociais”,

comentou.

Diretora da ABDE e presidente da Agência de Fomento do Rio Grande do Norte (AGN), Márcia Maia, explicou que, de 2019 a 2022, 58% dos recursos da instituição foram destinados a negócios chefiados por mulheres. “Foram 14.013 mulheres atendidas com um volume de recursos de mais de R$ 59 milhões.”

Conforme o presidente da ABDE, as instituições do SNF estão atentas a cada vez mais focar em ações práticas que garantam equidade, inclusão e competitividade.

“Precisamos olhar para a situação de mulheres de forma geral e considerar também a maternidade. É preciso estabelecer espaços e critérios para que elas possam disputar com os homens de forma justa”,

asseverou.

A coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, afirmou que o Sistema Nacional de Fomento vem atingindo “bons resultados.

“É um trabalho de alinhamento com a Agenda 2030, que pode ser apresentado como experiência para os demais Estados-membros da ONU. O Brasil é um líder internacional, com experiências que podem ser compartilhadas com o mundo”, disse.

*Com informações da assessoria

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