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Infecção urinária

Infecção urinária pode levar a amputações e morte

Em março deste ano, Gabrielle, residente de Franca (SP), precisou ser levada às pressas para um hospital local após desmaiar

Imagem: Divulgação

A história da jovem Gabrielle Barbosa, de 20 anos, ganhou repercussão nas redes sociais após ela relatar que teve uma infecção urinária e, devido à complicações do caso, precisou amputar as mãos e os pés.

Em março deste ano, Gabrielle, residente de Franca (SP), precisou ser levada às pressas para um hospital local após desmaiar. Em seguida, teve de ficar internada, sofreu duas paradas cardíacas e ficou em coma induzido por seis dias.

Isso ocorreu por conta das complicações de uma infecção urinária, que avançou para o quadro de infecção generalizada e fez com que os rins de Gabrielle parassem. Para preservar a sua vida, no dia 28 de abril, foi realizado o procedimento para amputar os membros.

Por que isso aconteceu?

O urologista Fernando Almeida, que atua no Hospital Vila Nova Star, explicou que a forma mais comum e menos grave de infecção urinária é a cistite, que acomete a bexiga e provoca ardência quando a pessoa faz xixi. Nesse caso, o médico receita um antibiótico para ser tomado em casa. O tratamento dura até cinco dias.

“Porém existe a pielonefrite, que é o quadro mais grave. Isso acontece quando a bactéria consegue chegar até os rins e libera a toxina para a corrente sanguínea, que se espalha pelo corpo”,

acrescentou.

Quando isso acontece, a pessoa tem queda de pressão, taquicardia, entre outros sintomas. “No primeiro momento, utiliza-se antibióticos ministrados na veia. Depois, em casos mais graves, faz-se uso de remédios à base de adrenalina para restabelecer a pressão. O tratamento dura de 10 a 14 dias”,

ressaltou Fernando Almeida.

Contudo esses medicamentos reduzem a circulação sanguínea e, com o uso contínuo por vários dias, pode provocar a necrose das pontas dos dedos das mãos e pés. “Quando o quadro de necrose é irreversível, faz-se necessário a amputação dos membros”,

completou o urologista.

Em ambos os casos, cistite e pielonefrite, é necessário realizar um exame, assim que surgirem os sintomas, para detectar o tipo de bactéria.

“Algumas vezes, no caso de cistite, não é necessário realizar um exame depois. Já em pielonefrite, fazemos um ultrassom e exame de sangue para verificar que não mais a bactéria. Importante ressaltar que nas duas ocorrência é fundamental manter o acompanhamento com o urologista”,

acrescentou.

Vale informar que, como todos os quadros de infecções no organismo, o urinário, se não tratado corretamente, pode causar um choque séptico e a possível morte. 

Por conta disso, o urologista faz o alerta para procurar ajuda médica assim que notar algo de diferente na urina.

“Às vezes a infecção não causa dor ou ardência, mas a urina fica com um cheiro forte. Ao perceber isso, é fundamental procurar um hospital para realizar um exame rápido. Se qualquer sintoma de infecção urinária estiver associado a febre, a pessoa deve procurar uma emergência o mais rápido possível, pois isso significa que está no quadro grave. Também é fundamental beber muito água e não ficar segurando o xixi”,

concluiu.

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