Saúde íntima feminina Fisioterapeuta de Manaus explica causas e sintomas do vaginismo 5% a 17% da população feminina mundial sofre deste distúrbio Em Tempo* - 07/08/2023 às 19:0908/08/2023 às 09:30 Foto: Divulgação Manaus (AM) – O vaginismo é um problema sério e precisa ser discutido e falado abertamente. É classificado como uma disfunção sexual feminina, que afeta diretamente a vida sexual de mulheres de todas as idades. “É um tema que precisa ser destacado pois, essa contração involuntária gera dor criando um círculo vicioso: contração – dor – tensão- mais dor, e assim a mulher acaba evitando ter qualquer tipo de relação com penetração vaginal”, afirma a fisioterapeuta pélvica, Dra. Patrícia Oliveira. Estima-se que entre 5% e 17% da população feminina mundial sofra deste distúrbio e de acordo com a Dra. Patrícia, devido ao tabu existente acerca do tema, os números podem ser maiores, uma vez que muitas mulheres não são encorajadas a investigar incômodos mais íntimos. O vaginismo caracteriza-se pela contração involuntária dos músculo internos da vagina, pode ser classificado como primária quando nunca houve penetração parcial ou total na vagina, e secundária quando já ocorreu, mas a mulher passa a não conseguir. “A dor também pode ocorrer na tentativa de introdução de absorventes internos e, também, durante exames ginecológicos”, ressalta Patrícia. Sintomas do vaginismo Conforme a fisioterapeuta pélvica, os principais sintomas do vaginismo são: Dor nas relações com penetração ou impossibilidade de penetração na hora da relação sexual. Sensação de ardência durante ou após a relação sexual Baixa autoestima Ansiedade Contração involuntária da vagina Dificuldade de usar absorvente interno Dor durante um exame ginecológico Causas Segundo a Dra. Patrícia Oliveira, o vaginismo pode ser causado por gatilhos emocionais e nem sempre são percebidos por quem ainda não tem um diagnóstico. Conheça alguns um deles: Medo ou ansiedade sobre o próprio desempenho sexual Receio de gravidez Relacionamento abusivo Abusos sexuais Vulnerabilidade Experiências traumáticas ligadas à vida sexual Tratamento O tratamento do vaginismo é um processo que requer muito autocuidado e paciência. O acompanhamento deve ser feito por um profissional de saúde como ginecologista, fisioterapeuta e de saúde mental como psicólogos e sexólogos, pois é possível que as causas estejam ligadas a traumas. Educação sexual também é importante nesses casos porque, conhecendo o seu organismo, bem como os gatilhos emocionais, a mulher tem como entender a sua dor e os processos que acontecem com o seu corpo. A fisioterapia pélvica tem um papel importantíssimo no tratamento de vaginismo. Utilizando recursos e exercícios para desativar os pontos de tensão que são encontrados na musculatura do assoalho pélvico, exercícios de relaxamento e consciência perineal, e exercícios de fortalecimento e coordenação da região. Fica o alerta, qualquer relação sexual com dor não é normal! Procure sempre um especialista. *Com informações da assessoria Leia mais: Programa Melhor em Casa é apresentado em atividade alusiva ao Dia Nacional da Saúde Em carta, pesquisadores defendem vigilância mundial contra arboviroses Especialista fala sobre o impacto do café no intestino ao ser consumido de barriga vazia Entre na nossa comunidade no Whatsapp!