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déficit de sono

Especialista alerta como possível epidemia a ‘dificuldade para dormir’

Segundo pesquisa da Fiocruz, mais de 70% da população brasileira tem dificuldade para dormir

Mais de 70% da população brasileira enfrenta problemas para dormir, como insônia e apneia do sono, segundo pesquisa da Fiocruz. A dificuldade para adormecer e suas causas é o tema do próximo episódio de “CNN Sinais Vitais – Dr. Kalil Entrevista“, que vai ao ar no sábado (23), na CNN Brasil.

Esse “déficit de sono” é, praticamente, uma epidemia, na visão do pneumologista Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Instituto do Sono do Incor, em São Paulo. Ele e a neurologista Dalva Poyares são os convidados do dr. Roberto Kalil desta semana. Juntos, os especialistas irão abordar questões como a insônia, que atinge cerca de 73 milhões de brasileiros, e apneia, condição de saúde que também prejudica a qualidade do sono.

Durante o episódio, Kalil e os convidados debatem os impactos à saúde de uma noite mal dormida. No longo prazo, a dificuldade para dormir eleva o risco para doenças cardiovasculares e para a depressão.

O tema é tão importante que recentemente a American Heart Association incluiu o sono de qualidade entre os pilares essenciais para uma boa saúde do coração. Até então, eram apenas sete pilares, que envolvem ações como alimentação saudável, controle de colesterol e pressão, combate ao tabaco e à obesidade, por exemplo.

Porém, os entrevistados fazem um alerta: dormir mal de vez em quando não caracteriza insônia.

“Privação de sono é diferente de insônia. É uma pessoa que tem a capacidade e a habilidade de dormir, mas ela não tem aquele tempo alocado para dormir. Insônia é um distúrbio do sono muito prevalente – estima-se que a insônia crônica pode atingir cerca de 15% da população. Mas para ser um diagnóstico da insônia crônica, os sintomas têm que ocorrer pelo menos três vezes por semana por pelo menos três meses”, explica Poyares.

Além disso, os especialistas comentam sobre a influência da vida moderna na capacidade de dormir bem, com a sobrecarga de estímulos que temos a partir do uso de telas e devido ao excesso de informações.

“Eu acho que ainda existe essa valorização do dormir pouco, e do performar. A palavra do momento é ‘eu desempenho’, ‘olha o quanto eu faço’. E tudo isso em detrimento do sono”, diz Dalva.

Para tentar melhorar a qualidade do sono, os especialistas elencam dicas ao longo do episódio. “A gente chama de higiene do sono: dormir e acordar em horários regulares, diminuir cafeína, exercício físico, alimentação e ter esses hábitos antes de dormir: desligar o celular, dar uma desacelerada”, afirma Lorenzi Filho.

*Com informações da CNN

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