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Editorial

Queda de pontes e o drama da BR-319 no Amazonas

Sem outra solução e desesperados, os motoristas forçavam a travessia por meio de um aterro construído provisoriamente para transportar veículos

Foto: Reuters/Bruno Kelly/Direitos Reservados

Com o seu processo de revitalização na estaca zero, a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, continua a ser palco das mais absurdas ocorrências. Agora, um mês depois do desabamento de duas pontes, o cenário é de revolta e desespero na região do Rio Autaz-Mirim, no quilômetro 25, onde permanece sem solução o drama da travessia.

Caminhoneiros e agricultores reclamam que o DNIT (Departamento Nacional de Infraest de Transportes) não cumpriu o prazo para a liberação da travessia, o que deveria ter acontecido no último final de semana, mas não ocorreu.

Sem outra solução e desesperados, os motoristas forçavam a travessia por meio de um aterro construído provisoriamente para transportar veículos e mercadorias entre as duas margens do rio.

No entanto, ante os riscos que o transporte alternativo oferecia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interditou o acesso ao aterro, agravando um quadro que já era complicado há duas semanas. Restaram os prejuízos. Por um lado, a PRF temia uma nova tragédia e por isso promovera a interdição. Por outro, há os prejuízos à economia estadual e a ameaça de desabastecimento que ronda as cidades da área por conta da interdição.

Quanto ao trecho pertinente ao Rio Curuçá, o DNIT já providenciou uma balsa que está chegando à região e que fará a travessia para a outra margem, normalizando as condições de transporte no referido trecho. A balsa já está a caminho, devendo entrar em operação neste próximo final de semana.

Contudo, a resolução de um drama, sem resolver o outro, apenas tapará o Sol com uma peneira. Ou seja, amenizará a situação, mas não resolverá o infortúnio de mais de 100 mil pessoas que sofrem com a escassez de alimentos e medicamentos nas cidades do Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Manaquiri. O drama é mais que preocupante.

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