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Bombardeios

Bombardeios a Kiev intensificam, após Putin fazer novas ameaças à Europa

Prefeito da capital ucraniana diz que situação é "ameaçadora". Otan envia mais militares para o Leste Europeu. Putin sofre mais sanções

Bombardeios na Ucrânia
Bombardeios na Ucrânia

Rússia – Novos registros de bombardeios contra Kiev, capital da Ucrânia, aconteceram nesta sexta-feira (25), após o presidente da Rússia, Vladmir Putin, ameaçar a Finlândia e a Suécia. Pelo menos cinco explosões aconteceram por cerca de três minutos, segundo o prefeito da cidade, Vitali Klitschko.

“A situação agora, sem exagero, é ameaçadora para Kiev. À noite, perto da manhã, será muito difícil”, frisou Klitschko. Ainda de acordo com o prefeito, as explosões parecem vir de uma área próxima ao centro de distribuição de energia da cidade.

A embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos, Oksana Markarova, disse que os bombardeios russos desta manhã atingiram um orfanato com 50 crianças, mas não deixaram vítimas.

A escalada de violência na Ucrânia ocorre após a Rússia ameaçar Finlândia e Suécia. “A adesão da Finlândia a Otan teria sérias repercussões militares e políticas”, afirmou um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Com o conflito em temperaturas cada vez mais altas, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) determinou a mobilização de mais militares para o Leste Europeu.

Em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, o secretário-geral da entidade, Jens Soltenberg, garantiu a proteção de países aliados.

“Estamos movimentando parte da força de resposta da Otan por terra, ar e pelo mar. Estados Unidos, França, Canadá e países europeus deslocaram militares. Faremos o que for necessário”, frisou.

Kiev sitiada

Tropas russas tomaram Kiev no início desta sexta-feira (25/2). O prefeito determinou estado de defesa. O governo ucraniano iniciou uma operação de expulsão. Tanques foram colocados nas ruas.

A TV ucraniana está exibindo à população tutoriais de como montar coquetéis molotov — tipo de arma química incendiária. Essa seria uma forma de deter os invasores russos. Além disso, o governo confirmou a distribuição de 18 mil fuzis para civis.

Na primeira declaração pública após sitiar a capital ucraniana, Kiev, o presidente Putin pediu que militares do país derrubem o presidente Volodymyr Zelensky e tomem o poder.

“Neonazistas estão fazendo todo o povo ucraniano de refém. Assumam o controle. É melhor do que trabalhar com essas pessoas que fizeram a Ucrânia refém”, frisou.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Apoio dos EUA

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discutiram a criação de uma coalizão militar para responder aos bombardeios russos.

Nesta sexta-feira (25/2), o líder da Ucrânia telefonou para Biden. Pelas redes sociais, ele detalhou os assuntos que foram tratados.

“Sanções de fortalecimento, assistência concreta de defesa e uma coalizão anti-guerra acabaram de ser discutidas. Grato pelo forte apoio Estados Unidos”, escreveu.

Sanções

Na tentativa de frear as investidas de Putin, o Conselho da Europa e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciaram novas sanções contra a Rússia.

O Conselho da Europa determinou a suspensão “com efeito imediato” da participação da Rússia no Comitê de Ministros e na Assembleia Parlamentar após a invasão ao território ucraniano.

A Otan disse que a decisão de Putin de atacar a Ucrânia “foi um terrível erro de estratégia”. Os estados-membros da aliança militar se reuniram nesta sexta-feira para tratar do conflito.

Em um comunicado conjunto, as nações do Ocidente disseram que irão reforçar suas tropas no braço leste da aliança. A Ucrânia não faz parte da Otan. Por isso, não há presença militar da organização em seu território.

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