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Atentado

Bomba caseira com fezes é lançada contra plateia em ato de Lula no Rio

As atividades no palanque, que já haviam sido iniciadas, foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada de Lula

Foto: Divulgação

Rio de Janeiro (RJ) – Uma bomba caseira com fezes foi lançada contra o público que acompanhou o ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite desta quinta-feira (7), na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. O forte esquema de segurança instalado na praça que abriga milhares de pessoas não conseguiu impedir o ataque, que ocorreu por volta das 18h50 antes de o pré-candidato subir ao palco.

O artefato, feito com uma garrafa PET, provocou forte estrondo e espalhou mau cheiro no local. Ninguém se feriu. Um suspeito, cuja identidade não foi revelado, foi detido, segundo a Polícia Militar. O local onde a bomba caiu foi isolado e o material rapidamente coletado por bombeiros civis. As atividades no palanque, que já haviam sido iniciadas, foram paralisadas por pouco mais de 20 minutos até a chegada de Lula.

Ainda de acordo com a PM, três testemunhas acompanharam os agentes na apresentação da ocorrência.

A assessoria de Lula disse, em nota, que se tratava de “dois artifícios de fogos (…) jogados de fora para dentro da área do ato” e negou a existência de fezes nos artefatos. Membros da segurança do evento também confirmaram a informação.

A bomba caseira foi lançada por cima das grades de proteção próximo ao lado esquerdo do palco montado na Cinelândia, tradicional ponto de atos políticos da capital fluminense. O artefato foi lançado da rua Evaristo da Veiga, entre a Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal.

O esquema interno de segurança montado na praça impedia a entrada de garrafas e submetia todos a revista e detector de metais.

O isolamento da área do palco foi feito com placas de metal. No entanto, a área da escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (à direita do palco) foi ocupada por militantes e apoiadores, munidos de instrumentos musicais e bandeiras de movimentos sociais.

A proximidade da Câmara ao palco permitia que centenas de pessoas que não passaram pela segurança do evento ficassem a poucos metros de quem está no palco. Do lado esquerdo do palco, a Biblioteca Nacional fechou suas escadarias.

Preocupação com a segurança

Com a escalada de ataques de opositores a eventos da pré-campanha, o grupo do ex-presidente tem se preocupado cada vez mais com protocolos de segurança ao passo que Lula, no sentido oposto, quer intensificar o contato com a multidão.

Em pouco mais de uma semana, houve ao menos três situações que incomodaram e assustaram a caravana do ex-presidente em cidades diferentes:

Em 16 de junho, em Uberlândia (MG), homens usaram um drone e jogaram veneno, fezes e urina em apoiadores antes do encontro de Lula com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo;

Em Maceió, no dia seguinte (17), o deputado estadual Cabo Bebeto (PL-AL) vazou informações estratégicas sobre a estadia do ex-presidente na cidade;

No dia 21 de junho, ao menos dois homens invadiram o evento de lançamento das diretrizes do plano de governo e ofenderam Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa.

O objetivo do petista é fazer intervenções cada vez mais abertas, em especial a partir de agosto, quando a candidatura for registrada.

Lula tem reclamado abertamente que preferia já estar fazendo campanha oficialmente. Um dos motivos para que grandes comícios abertos, em praças ou grandes avenidas, ainda não terem acontecido é o receio com a Justiça Eleitoral. O outro é a segurança. Esta, aliás, foi a justificativa oficial que a pré-campanha alegou para cancelar, por exemplo, a viagem a Santa Catarina no início do mês.

Com informações UOL

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