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Editorial

Bolsonarismo chegou para ficar e vai exigir estudos aprofundados

Conforme cientistas políticos, o bolsonarismo chegou para ficar, transformando-se em um fenômeno a desafiar estudos aprofundados

Foto: Divulgação

Alguns cientistas políticos, ainda surpresos com os resultados das urnas de 2 de outubro, afirmam que, independentemente do que decidirá a votação do segundo turno da disputa presidencial, no próximo dia 30, o bolsonarismo chegou para ficar, transformando-se em um fenômeno a desafiar estudos aprofundados.

Nada menos do que um grande sociólogo e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, em jantar com empresários paulistas, em 2017, admitiu a possibilidade de sucesso do então deputado federal Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais do ano seguinte. FHC falou sério, mas alguns riram.

FHC previu a ascensão de Bolsonaro

Em 2018, o parlamentar Jair não era nada no jogo da corrida eleitoral cujas pesquisas de opinião apontavam outros favoritos.

Ninguém acreditava em Jair, que tinha um discurso mais do que surrado, com base na defesa intransigente dos salários e vantagens da corporação militar e dos funcionários públicos em geral.

Na visão de FHC, a polarização PSDB/PT desde 1994 cansara a população brasileira, que em 2018, com o fracasso da política econômica da gestão petista sob Dilma Rousseff e também não resolvida por Michel Temer (MDB), a partir de 2016, queria experimentar ares novos, além de “mensalões” e “petrolões”.

Espantando os analistas, Jair Bolsonaro entendeu os efeitos bons e ruins de 16 anos de FHC, sabendo também captar o forte sentimento de antipetismo que cresceu com as grandes manifestações de 2013, e saiu país afora discursando contra a corrupção, a insegurança, a saúde em frangalhos e defendendo os valores da família.

Bolsonaro venceu as eleições e consolidou sua pregação que hoje, mesmo sem ser uma filosofia, funde a cabeça dos analistas à esquerda e à direita do espectro político nacional.

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