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Estiagem

Anúncio de falta de gás ascende alerta para possível falta de insumos básicos no Amazonas

Especialista aponta haver possibilidade de falta água potável para uma parte da população amazonense

Manaus (AM) – O anúncio da possível falta de gás em Manaus acendeu alerta para a possibilidade da falta de insumos básicos no Amazonas.

Após a distribuidora de gás, Fogás, informar que o estoque de gás nas distribuidoras seria suficiente apenas para os próximos 10 dias, a Refinaria da Amazônia (Ream) esclareceu não haver riscos de desabastecimento de gás de cozinhas, anúncio reforçado pela Companhia de Gás do Amazonas (Cigás).

Conforme a Ream, não há risco de desabastecimento de gás de cozinha na cidade de Manaus, mesmo em meio às dificuldades impostas pela severa estiagem que limita a navegação nos rios da Amazônia. A refinaria informou também que todas as medidas para garantir a produção e o abastecimento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) aos distribuidores de Manaus durante a estiagem foram adotadas.

Ainda conforme a refinaria, o gás, para atender à demanda de Manaus, está sendo carregado no polo petrolífero de Urucu com auxílio de balsas-tanques com condições de atravessar o trecho em restrição de navegação e sendo transportado até Manaus via navio-tanque.

A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) também emitiu uma nota sobre a situação que preocupa os cidadãos amazonenses.

A Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) informa que a severa estiagem que atinge o estado não impacta no sistema de abastecimento de gás natural, o qual é feito por meio de infraestrutura de dutos subterrâneos, permitindo fornecimento contínuo do combustível“, diz nota.

Atualmente, a Cigás possui 262 quilômetros de extensão de rede de distribuição e mais de 17 mil unidades consumidoras contratadas dos segmentos termelétrico, industrial, veicular, comercial, residencial e autogeração/liquefação.

Seca no Amazonas

Toda instabilidade e medo que assola a população se deve em decorrência da seca que atinge atualmente o Amazonas. A economista Denise Kassama apontou que uma possível falta de gás pode ser um sinal, para falta de outros insumos básicos, como a água.

“Os rios estão intrafegáveis, essa eventual falta de gás, na minha opinião, é um prenúncio de que se faltar gás, outras coisas realmente possam faltar devido à seca e à intrafegabilidade dos rios. Temos que considerar que o rio ainda tem pelo menos um mês para baixar ainda mais. Tudo que a gente consome vem de fora efetivamente, inclusive participei de uma atividade onde estava o diretor da Defesa Civil de Manaus e existe um risco de desabastecimento de água para a cidade de Manaus”,

declarou a economista.

Kassama faz um alerta sobre a densidade da água do Rio Negro e uma impossibilidade de uso e consumo.

“A água que está no Rio Negro já está mais densa, por conta do calor e pode chegar a um nível de ser impossibilitada de uso e consumo. Toda prudência é pouca, temos que tomar cuidado. Não estamos falando de um evento somente econômico, mas também um evento da natureza que pode ou não se intensificar nos próximos dias. O manauara tem que se prevenir, encher a dispensa, guardar recursos, porque pode ser que dê uma piorada agora em outubro”,

completou a especialista.

Situação de Emergência

No final do mês passado, o governador Wilson Lima decretou, situação de emergência em 55 municípios do Amazonas afetados pela seca severa que atinge o estado e anunciou outras medidas para reforçar as ações do governo, que já estão em andamento, por meio da “Operação Estiagem 2023”. O decreto é válido por 180 dias e abrange 55 cidades.

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