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Investigação

Alvo da PF, bilionário austríaco criou próprio país com esquema de contrabando de ouro

Alvo da PF tem um patrimônio declarado de mais de R$ 20 bilhões em ouro

Reprodução: Internet

Manaus (AM) – Investigado na operação Emboabas, da Polícia Federal (PF), que foi deflagrada, nesta quarta-feira (20), o austríaco Werner Rydl, foi alvo de busca e apreensão após ser acusado de fornecer ouro para o contrabando. A operação tem o objetivo de desarticular esquemas criminosos envolvendo mineração ilegal de ouro.

No Amazonas, a PF identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de pessoa que transportava 35 kg de ouro, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.

Segundo a PF, Werner Rydl realizava o esquema de esquentamento de ouro por meio de seu imposto de renda.

“É necessário informar a existência de esquemas de esquentamento de ouro através de um imposto de renda de um indivíduo chamado Werner Rydl. Esse indivíduo possui um patrimônio declarado na Receita Federal de mais de R$ 20 bilhões em ouro, então uma quantidade exorbitante. Ele utiliza esse patrimônio, que supostamente ele adquiriu ao longo de muitos anos, para fazer a venda de ouro na modalidade mercadoria para o alvo principal que é o Brubeyk“,

afirmou o delegado Adriano Sombra.

Ainda conforme a organização, o austríaco afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado pelo próprio investigado.

O site seagar.info aponta “Seagarland” ao norte do Rio Grande do Norte e afirma se tratar de um “território no Oceano Atlântico, mas na plataforma continental brasileira”. A mesma página menciona o “Seagar Gold Bank”, que afirma estar em uma jurisdição que permite o armazenamento de ouro físico “livre de impostos”.

Werner fugiu da Áustria na década de 1990 acusado de crimes financeiros. Por pedido do governo austríaco, ficou quatro anos preso no Brasil, foi deportado, mas foi liberado pela prescrição do crime e voltou para o Brasil em 2009. Em 2015, foi preso por tentar embarcar ilegalmente em Cuiabá com uma barra de ouro.

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