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Crime Ambiental

Ibama e Ibram encontram 60 aves silvestres na casa de Anderson Torres

O ex-ministro está preso por suspeita de omissão aos atos terroristas de 8 de janeiro

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça preso desde janeiro de 2023, foi alvo de ação do Ibama em Brasília nesta sexta-feira (24), por conta da criação ilegal de pássaros silvestres. Foram encontradas 60 aves no criadouro, uma delas com a pata mutilada.

A informação foi confirmada ao site UOL pelo Ibama e pela defesa do ex-ministro, Rodrigo Roca. O advogado afirmou que Torres foi multado, mas irá recorrer. A multa é de R$ 54 mil, segundo o Ibram (Instituto Brasília Ambiental), que também participou da ação. O instituto informou que nenhuma delas foi apreendida, mas não informou a razão.

Em nota, o Ibama informou que a atividade foi embargada e notificou o ex-ministro para que sejam apresentadas informações sobre os animais registrados no sistema que não foram encontrados no local.

Anderson Torres foi autuado por irregularidades como utilizar animais em desacordo com a autorização existente, por inserir dados falsos no sistema e por mutilação.

Como foi a operação

De acordo com o Ibama, a ação foi um desdobramento de investigação iniciada no ano passado a partir da identificação de informações inconsistentes no Sispass (Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros) — como o registro de ave sob responsabilidade de Torres em nome de outra pessoa.

O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro, em Brasília, por suspeita de omissão e conivência com os atos golpistas de 8 de janeiro. Na ocasião, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Durante buscas na casa de Torres, no mês passado, a PF encontrou uma minuta de um decreto para impedir a posse de Lula.

O ex-ministro nega as acusações, diz que adotou medidas para prevenir as invasões ocorridas no ato golpista de 8 de janeiro e que há “total ausência” de evidências para associá-lo aos ataques. Sobre a minuta, ele afirmou em depoimento que ela não tem “viabilidade jurídica” e que não sabe quem foi o autor do texto.

*Com informações do UOL

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